Ablon é um anjo renegado. Ele foi
expulso dos Céus por se opor ao Arcanjo Miguel e seu ódio pelos humanos da Terra. Desde então Ablon vive enclausurado no seu
avatar – corpo humano usado pelos anjos e demônios no plano material – contendo sua
aura angélica e aprendendo os segredos do mundo. Mas o dia do Apocalipse está chegando, e o soar das
sete trombetas trarão muitas mudanças na vida pacata que Ablon "tenta" – sem sucesso, diga-se de passagem – ter.
O livro é uma
viagem fantástica. Ele é dividido em três partes: na primeira, chamada
Vingadora Sagrada, conhecemos Ablon nos dias atuais (dele, que seria um futuro próximo para nós) e depois começamos a viajar. Nessa primeira parte conhecemos a
Babilônia e a Feiticeira de En-Dor,
Shamira. É uma história incrível, e fiquei imaginando o quanto de tudo é realidade e ficção. Tudo é tão
coeso e faz tão mais sentido do que o que a gente vê nos livros de História do colégio!
Na segunda parte, chamada
Ira de Deus, viajamos junto com Ablon pelos desertos até chegar em
Roma e até
Jerusalém. A partir dessa parte as coisas começam a ficar BEM
tensas porque começam a soar as trombetas do céu e aos poucos Ablon vai percebendo que tem uma
missão pra completar no Apocalipse. Mas o que eu achei mais interessante mesmo nessa parte é a viagem até chegar Roma. Adoro os personagens dessa parte!
E na última parte, chamada
Flagelo de Fogo… o Apocalipse segue ao seu
ápice! O mais interessante dessa parte é que tudo parece se encaixar de uma maneira tão simples.Em todo o livro você acompanha o que os fatos do
passado acarretaram para o
futuro, e nesse “fim de tudo” tudo parece se
encaixar ainda mais. Até essa parte eu tive a sensação que o inimigo não era totalmente revelado, parecia que sempre tinha algo misterioso. Muito legal. No final eu fiquei completamente
tenso, louco pra saber o que iria acontecer!
Além da
História (com H maiúsculo, relacionada aos fatos do mundo) que é abordada no livro, o
mundo que o Sphor criou é magnífico (e, como eu disse anteriormente, a junção das duas histórias (real e ficção) é mais coesa do que a História). O livro é grande (quase 600 páginas), com vários
detalhes (requer uma leitura lenta), mas flui muito bem. Gostei muito das cenas de ação, mais ainda das “descobertas” do mundo… Imagina viver
desde antes da criação? E as partes de romance… sou um romântico exagerado, vocês já devem ter notado. Mas sinceramente, o romance é tão
singelo e tão lindo e tão bem colocado. Acho que foi o único livro que eu realmente gostei do fato do romance ter ficado em
segundo plano.